Sempre tive a plena consciência da obrigatoriedade que cada escola tem em desenvolver processos de inovação e mudança, que respondam com eficácia ás necessidades de todos os alunos. É fundamental responder às diferenças individuais, independentemente da sua origem. A escola que se diga inclusiva tem de estar apta a criar currículos flexíveis (escolar próprio, alternativo) de forma a responder às necessidades dos seus alunos.
Dotar as escolas de recursos físicos capazes de responder às necessidades dos seus alunos é indiscutível, mas não será certamente suficiente. Proporcionar a todos os professores e auxiliares da acção educativa, formação especializada para trabalhar com crianças e jovens com NEE é uma necessidade urgente, à qual o sistema educativo português tem de dar resposta.
As TIC são uma ferramenta que, de forma muito eficaz podem ajudar a encontrar respostas e soluções para ultrapassar muitos dos problemas de inclusão escolar e social, será no entanto necessário sensibilizar muitos dos agentes educativos para que o acesso seja mais facilitado.
Quando recentemente na aula de Educação e Tecnologias Multimédia a professora chamava a atenção para estas questões da inclusão e a forma como Tecnologias da Informação podem constituir uma verdadeira resposta, tomei consciência que efectivamente a inclusão passa por todos. Hoje podemos ser agentes chamados a contribuir para a inclusão de outros cidadão, mas no futuro, por razões várias podemos ser nós a necessitar de ser ajudados a continuar a exercer o papel de cidadãos activos e responsáveis.
A democratização do acesso às Tecnologias da Informação leva à definição de estratégias que conduzam a uma Inclusão Digital onde se amplie a acessibilidade de todos independentemente da sua deficiência ou diminuição das capacidades. O Brasil é um bom exemplo onde o trabalho desenvolvido no âmbito da Inclusão Digital tem conduzido a bons resultados, Havendo, no entanto, muitos outros exemplos. Em Portugal a UTAD está de parabéns, pela criação da nova Licenciatura em Engenharia de Reabilitação e Acessibiliddaes Humanas.
Uma sociedade em constante a mudança coloca um permanente desafio ao sistema educativo. As tecnologias de informação e comunicação (TIC) são um dos factores mais salientes dessa mudança acelerada, a qual o sistema educativo tem de ser capaz de responder rapidamente, antecipar e mesmo promover.
Uma educação básica capacitadora de uma cidadania plena para todos pressupõe a existência de referenciais, de conhecimento e de desempenho, de acesso universal. Estes consubstanciados num perfil de competências gerais, não podem deixar de ter em conta as implicações específicas e transversais que as TIC comportam.
A escolaridade obrigatória assume, com crescente implicação todas as consequências que decorrem desta realidade. Pretende garantir que, ao finalizar o nono ano, todos os alunos sejam capazes de utilizar as TIC, nomeadamente, para seleccionar, recolher e organizar informação para esclarecimento de situações e resolução de problemas.
A exigência de uma tal competência terminal pressupõe o desenvolvimento de diversos saberes e competências ao longo de todo o ensino básico. Trata-se de garantir que as escolas assegurem no currículo dos alunos a possibilidade destes adquirirem uma capacidade significativa na utilização dos computadores e da Internet.
É neste contexto, que o Conselho Pedagógico do Agrupamento Vertical de Escolas de Refojos de Basto, decidiu que no próximo ano lectivo todos alunos dos 2.º e 3.º Ciclo do Ensino Básico terão no seu currículo um espaço destinado às TIC. Os 45 minutos que cada escola pode optar por atribuir a uma disciplina, área curricular não disciplinar ou actividade extracurricular, de acordo com o Decreto-Lei 6/2001, serão por isso utilizados no desenvolvimento de competências nesta área. Quero acreditar que esta decisão, da qual sou uma das responsáveis venha a dar bons resultados.
O Desafio de entrar no mundo das TIC , deixando de lado um conjunto de preconceitos, fobias e inseguranças foi assumido no início deste semestre na disciplina de Educação e Tecnologias Multimédia. Efectivamente, e em forma de balanço final, posso assegurar que consegui ultrapassar um conjunto de entraves que estavam na minha cabeça. Nunca entrei na Net tantas vezes como nestes últimos meses. Não o fiz só pela obrigação de cumprir tarefas, de realizar trabalhos e de obter informações. Senti, várias vezes, um entusiasmo que me levou a deixar de fazer outras coisas em detrimento de consultar Blogs, sites, fazer posts , consultar links . Não tenho dúvidas que muito tenho para aprender, no entanto penso que vencer os meus medos foi "meio caminho andado" para enriquecer a minha prática pedagógica.
Fazer um blogs foi uma parte do desafio que muito contribuiu para o meu progresso, dado me ter levado a fazer leituras, pesquisas , reflexões e até a estar mais atenta ao modo das novas tecnologias.
O ter tomado contacto com recursos vários na Web , foi fundamental par abrir o caminho a novas formas de abordagem dos diversos conteúdos e consequentemente ao desenvolvimento, nos alunos, de novas competências. A construção de uma WebQuest foi um trabalho extremamente importante, no sentido de por em prática o que se foi aprendendo e no desenvolvimento de competências nesta área.
Avaliar a nossa WebQuest e a dos colegas, não foi tarefa fácil , contudo permitiu verificar que o caminho que há para percorrer é ainda longo, mas o que importa é não desistir.
No passado dia 5 de Junho comemorou-se mais uma vez o Dia Mundial do Ambiente. Efectivamente é questionável se será, de facto, importante, a de comemorações de datas especiais como esta. Na minha opinião se tudo ficar pela simples comemoração de pouco adiantará. Contudo, pode ser o ponto de partida para a educação para a cidadania que, certamente passa pela defesa do meio ambiente. À escola cabe um papel fundamental na preparação de jovens interventivos, responsáveis, críticos e capazes de abraçar uma causa tão nobre como a defesa do Planeta. Tomar consciência da necessidade de reduzir o consumo de energia, de água e de outros recursos, como a floresta, assumir a defesa de espécies em vias de extinção, a preservação de habitas naturais e contribuir para a redução da produção de resíduos, podem ser batalhas ganhas se a aposta começar não só na família, mas também de forma sistemática na escola.
A Internet é uma fonte de recursos inesgotável, que devidamente utilizada pode ajudar nesta causa. O número de sites, blogs, vídeos, imagens, aos quais professores e alunos podem recorrer são imensos. As WebQuests, as viagens virtuais, são exemplos de recursos que os professores podem utilizar contribuindo para o desenvolvimento de competências várias, também no âmbito da educação ambiental. Os alunos de hoje, no amanhã serão chamados a tomar desisões que podem ser determinantes para o futuro da vida na terra, como exemplo podemos pensar no destino que se dá aos residuos domesticos.
É com bastante preocupação que encaro a actual relação dos jovens com o consumo de substâncias como o tabaco, o álcool e outras drogas. Serão necessários esforços conjuntos de pais, professores, auxiliares da acção educativa, médicos e outros técnicos da saúde, bem como das forças de segurança para poder ajudar a combater esta tremenda ameaça, da qual os jovens sozinhos dificilmente poderão escapar. Osite do Instituto da Droga e da Toxicodependência, poderá constituir um bom começo para quem pretender conhecer melhor a realidade do consumo de drogas em Portugal.
Segundo, um estudo realizado pela Agência Europeia da Droga e da Toxicodependência, os jovens europeus estão a experimentar novas drogas alucinogénicas derivadas de cogumelos.
No novo sitepara jovens, podemos encontrar um espaço diferente em termos de abordagem do problema da toxicodependência e dirige-se aos mais jovens. Tendo como objectivo a promoção de comportamentos saudáveis, abrange áreas como as relações interpessoais, a redução de riscos, a informação detalhada sobre substâncias psicoactivas, entre outras. Informa-se e sensibiliza-se os jovens, de forma interactiva, recorrendo-se a jogos e questionários.
Parece-me uma boa forma de abordar a questão, convido a navegar por este site. A final nem tudo é “mau” na net, no que se refere à toxicodependência.
Na edição nº 168 de Junho/2007 do Jornal “A Página da Educação” (http://www.apagina.pt) podemos ler a noticia “Cientistas lançam enciclopédia digital da vida na Terra”, onde se descreve sumariamente o projecto “Enciclopédia da Vida”, oficialmente lançado no passado mês de Maio que efectivamente é de aplaudir. James Edwards, o investigador responsável pelo projecto considera que “oferecerá preciosas e bem organizadas informações sobre biodiversidade a todos os interessados, em todo o mundo, a qualquer momento.
Serão, segundo os cientistas, necessários 10 anos para a conclusão do projecto, contudo, as primeiras páginas desta enciclopédia já se encontram disponíveis. Se faz parte de grupo que também aplaude esta iniciativa comece por aqui.
"Quem questiona a importância da banda larga não conhece o mundo. É um serviço público tão importante quanto foi o telefone ou a luz eléctrica há um século", defendeu o primeiro-ministro. Na cerimónia, na escola secundária Eça de Queirós, em Lisboa, José Sócrates disse, recentemente na apresentação de um novo projecto ligados às novas tecnologias, que a generalização do acesso à Internet resulta "na democratização do conhecimento, autonomia individual, desenvolvimento económico e aumento da competitividade".
Efectivamente o uso das novas tecnologias põem à disposição de todos um conjunto de oportunidades, instrumentos e recursos, que não podem ser desvalorizados. Cada um, quer na sua vida pessoal, quer profissional pode na realidade tirar partido desta ferramenta que se apresenta inesgotável, no que respeita às suas potencialidades.
Hot Potatoes é um exemplo de dessas ferramentas que vem enriquecer o trabalho do professor dado permitir criar exercícios interactivos. Esta ferramenta, ou melhor um conjunto de seis ferramentas, foi desenvolvida por uma equipa da University of Victoria CALL Laboratory Research and Development e permite a elaboração de seis tipos básicos de exercícios interactivos utilizando páginas da Web. Tal interactividade é obtida pelo uso de JavaScript, no entanto o utilizador não necessita de ter conhecimentos sobre o JavaScript para utilizar estas aplicação para além de introduzir os dados, como textos, perguntas, respostas e pistas.
O programa é formado por seis módulos, cinco de ciacão e um de compilação:
JCloze - Cria exercicio de texto lacunar ;
JQuiz - Cria questionários de escolha multipla, de selecção múltipla, verdadeiro/falso, ou resposta curta;
JCross - Cria palavras cruzadas;
JMix - Cria ordenação de palavras de uma frase;
JMatch - Cria associação de pares oo ordenação de frases;
THe Masher - Compila os ficheiros de diversos exercícios e cria uma página de índice com ligações para cda um dos ficheiros.
Para ter uma visão mais completa da forma como ter acesso a este Recurso Multimédia pode aceder aqui. Pode ainda ter mais informação sobre a utilização prática desta ferramenta se consultar outras fontes como as que aqui se sugerem.
Parece tratar-se de uma forma interessante de, por um lado motivar alunos para a aprendizagem, em particular das Ciências Naturais, e por outro desenvolver competências em vários domínios.
Foi o titulo, de uma entrevista, publicado na revista Exame Informática de Março de 2007, “A Net não é um Jardim de Infância”, que me chamou a atenção e levou a reflectir um pouco sobre a questão dos perigos que a Net representa para os nossos jovens e nas soluções que se vão apresentando. Perante a questão: Deixaria o seu filho sozinho à noite na rua? A resposta surge sob a forma de questão: Então porquê deixá-lo conectado à Internet, vulnerável às intenções de desconhecidos sem rosto ou aos maus exemplos de piratas e cábulas?
Tito de Morais, foi o entrevistado deste artigo a propósito do lançamento de um site Miúdos Seguros na Net, http://www.miudossegurosna.net . O autor deste site desde 2004 até aos dias de hoje, tem estado aberto a participar em enumeras acções de prevenção aos perigos escondidos nas tecnologias, quer por parte dos pais, quer por parte das escolas.
Na sua opinião, em termos de informação, existe um grande fosso que separa os pais portugueses dos europeus. Muitos dos adultos, especialmente os que estão menos familiarizados com o uso das novas tecnologias pensam que, tal facto os impede de exercer a sua função de pais e educadores, no entanto muitos dos princípios que se aplicam na segurança do dia a dia, fora de casa são os mesmos que tem de ser aplicados na segurança on-line.
Será necessário informação, mas esta não dispensará certamente um relacionamento franco e aberto ao diálogo, entre pais e filhos. Porque não aceitar a proposta de Tito de Morais na qual pais e filhos devem fazer uma utilização conjunta da Net, aos cinco ou seis anos de idade e não aos quinze ou dezasseis, onde, certamente os adolescentes terão maior tendência para se fechar e ai os perigos podem ser outros.
Fica a sugestão, e o convite a visitar o site.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
Séneca, H.(2007).A Net não é um Jardim de Infância. Exame-Informática, 141, 36-77. www.exameinformatica.pt
Quando folheava a revista do programa “ESCOLHAS”, entre inúmeros assuntos de grande interesse, um despertou-me alguma curiosidade, dado reflectir sobre a importância que a Internet tem na nossa vida. Se por um lado aproxima pessoas, por outro está ligada a milhares de interesses sociais, alterando hábitos de vida e formas de interacção a nível mundial.
Concretamente, no que se refere a jovens que frequentam os Centros de Inclusão Digital dos projectos acompanhados pelo Programa Escolhas, a Internet permite a estas crianças fazer novos amigos, contactar familiares distantes, realizar pesquisas escolares ligadas a temas diversos, o que permite pensar na Internet como um instrumento que permite a estes jovens repensar a própria realidade e alterar hábitos de vida pela positiva. Trabalhar questões como a sexualidade, a toxicodependência, o alcoolismo, a família pode ser feito através do recurso ao “admirável mundo novo o da Internet.
A Internet tem revelado novas oportunidades de diálogo, solidariedade, cooperação a indivíduos com problemática bem especificas como os jovens que beneficiam de programa como este, cujo desafio é encurtar distâncias, facilitar a comunicação, construído uma intervenção em rede.
A criação do projecto CID @ NET estende-se já de norte a sul do país, e também nas ilhas, actualmente com 120 projectos em rede e são um bom exemplo daquilo que se pode fazer com jovens, contribuindo para a sua formação académica mas fundamentalmente como cidadãos.
A Internet que conhecíamos sofreu uma verdadeira revolução. Segundo Infante & Oliveira (2007), a Internet evoluiu para um estado onde os conteúdos gerados pelo utilizador são a verdadeira atracção. Ninguém quer ver filmes de Hollywood mas sim, o comentário que fez num blogue ou noutro site. Para estes autores é o conteúdo livre de controlo e à mercê da vontade do cidadão anónimo que desperta mais interesse na web.
Esta realidade decorre da massificação do acesso à banda larga. No nosso país caminha-se a passos largos, para alcançar velocidades de tráfego consideradas impossíveis, ainda há poucos anos.
O termo Web 2.0 foi utilizado pela O’Reilly Media numa conferência em 2004 onde se pretendia, segundo Infante & Oliveira (2007), identificar uma nova geração de serviços baseados na Internet, cujo o expoente máximo reside nas redes sociais colaborativas on-line formadas por blogues, wikis e outra ferramentas interactivas. Actualmente o termo Gebo 2.0 é a designação oficial do conjunto de características tecnológicas que remetem para a ideia de um upgrade da World Wide Gebo tal como se conhecia e usava antes do Google.
De forma simplificada a Web 2.0 pode ser identificada por um conjunto de elementos em que o utilizador abandona uma posição passiva de mero consumidor de conteúdos e passa a assumir uma posição activa de produtor e distribuidor de conteúdos que alimentam a rede.
Segundo Oliveira (2007), é certo que nunca os utilizadores da Internet foram tão interventivos e geradores de conteúdos como actualmente, assiste-se a uma verdadeira invasão do ciberespaço. A verdade é que a Internet está a sofrer a maior transformação dos últimos anos, tendo como principais os jovens que são os verdadeiros motores da Webo 2.0.
A proliferação de conteúdos tem, no entanto os seus inconvenientes, aos quais interessa estar atento. Pais, Professores e Educadores desempenham aqui um papel fundamental, no sentido de educar e disciplinar os jovens na utilização da Internet de forma mais segura e proveitosa.